sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Opinião

Ouvi hoje em uma emissora de rádio que um certo juiz declarou a greve da educação abusiva, e 50% da categoria precisa voltar às atividades; a mesma emissora declarou que somente 15% da categoria aderiu à greve. Meu caro leitor, atente para as entre linhas das informações: Se somente 15% da categoria está de greve, porque pedem que 50% retornem às atividades?
É incrível que só nesse momento (de greve) que as autoridades e a mídia lembram dos alunos, mas somente para falar sobre o volume de aulas, calendário escolar, conteúdo a ser trabalhado, ociosidade dos alunos; mas não consideram que esses alunos estão tendo aula em salas insalubres, muitos até nem tem sala de aula, os recursos didáticos disponíveis aos professores não são suficientes, sem falar do nosso salário. É uma verdadeira piada quando olhamos o contracheque e ele mostra um reajuste no vencimento base, no entanto há um desconto nas aulas suplementares e em outra gratificação, ou seja, nosso reajuste está sendo uma grande ilusão. Passamos anos nos qualificando, nos aperfeiçoando, para sermos ridicularizados!
Comunidade, fique atenta para as informações e não pense que se um professor tem um carro do ano, uma moto boa ou qualquer outro bem, isso caracterize um bom salário. É financiamento, empréstimo que não acaba mais. Vivemos endividados para podermos viver com qualidade e dignidade!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Rapidinhas



LEITURA SOBRE EVOLUÇÃO

Lamarck: fatos e boatos

O naturalista francês foi um dos pioneiros na ideia de que os seres vivos se modificam. Embora tenham se revelado incorretas, suas teses contribuíram para a aceitação futura da teoria da evolução, como mostra o ensaio da revista CH de setembro.

A ausência de dentes nos tamanduás, na teoria lamarckista, seria explicada pela falta de uso e consequente atrofia e desaparecimento. Apesar dos equívocos, Lamarck teve papel importante na compreensão da evolução. (foto: Malene Thyssen/ CC BY-SA 2.5)
O francês Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck (1744-1829), foi um importante personagem na história da ciência. Sua contribuição para o desenvolvimento do que conhecemos hoje como teoria da evolução é bem divulgada, mas alguns autores, ao tentar resumir as ideias desse naturalista, omitem algumas informações e distorcem outras, criando assim ‘boatos’ sobre seu verdadeiro papel.
Os dois maiores boatos criados a respeito de Lamarck são: 1. suas ideias evolutivas se resumiam a duas leis, e 2. o inglês Charles Darwin (1809-1882), um dos autores da moderna teoria da evolução, se opôs a essas leis.
Assim, diante da pergunta “Quem foi Lamarck?”, um aluno de ensino médio pode responder “Foi o cara do pescoço da girafa”, ou até “Foi o cara que dizia o contrário de Darwin”. Essas respostas, e outras com conteúdo semelhante, permanecem vivas não apenas na boca dos alunos, mas também na de certos professores e no texto de alguns livros didáticos. Este ensaio, ao revisitar o legado de Lamarck, tenta desfazer esses boatos.

Teoria lamarckiana

A ‘progressão dos animais’ é o nome da teoria que Lamarck desenvolveu. No livro Philosophie zoologique (Filosofia zoológica, de 1809), ele fundamentou sua teoria em duas leis, conhecidas como ‘uso e desuso’ e ‘herança dos caracteres adquiridos’.
Já em Histoire naturelle des animaux sans vertèbres (História natural dos animais invertebrados, lançado em partes de 1815 a 1822), as leis passaram a ser quatro. Para melhor compreender a teoria lamarckiana, é preciso analisar essa última versão.
A primeira das quatro leis (‘tendência para o aumento da complexidade’) surgiu apenas no segundo livro e foi enunciada como uma tendência, de todos os corpos, para aumentar de volume, estendendo as dimensões de suas partes até um limite que seria próprio de cada organismo.

Jean-Baptiste Lamarck
Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829).
Lamarck, tentando fornecer evidências empíricas para essa lei, fez uma analogia entre organismos mais simples e mais complexos e as fases de desenvolvimento de um organismo (do ovo ao adulto), visando demonstrar que, assim como um ovo se modifica e se torna um embrião, evidenciando um aumento da complexidade, os organismos mais complexos também teriam surgido a partir dos mais simples. Portanto, segundo o naturalista, a vida tinha o poder de aumentar o volume e as estruturas do corpo.
Sobre a segunda lei (‘surgimento de órgãos em função de necessidades que se fazem sentir e que se mantêm’), Lamarck disse, em Filosofia zoológica, que os hábitos e as circunstâncias da vida de um animal eram capazes de moldar a forma de seu corpo.
Em História natural, afirmou que as antenas dos gastrópodes (como os caracóis) teriam surgido por ação dessa lei. Gastrópodes mais simples, explicou, diante da necessidade de sentir os objetos à sua frente, teriam concentrado ‘fluidos nervosos’ na região anterior do corpo, e estes, juntamente com outros fluidos corporais, estimularam a formação de novas estruturas, tecidos e órgãos.
Essa segunda lei gerou uma discussão sobre o sentido em que Lamarck usou a palavra francesa volonté. Esta é muitas vezes traduzida como ‘desejo’, mas uma melhor tradução seria algo como ‘ação gerada por uma necessidade’, e não ‘ação gerada por um desejo’.
Parece claro que Lamarck não se referia a um ‘desejo’, porque ele mesmo afirmava que “nem todos os animais têm a faculdade de sentir” (referindo-se a esponjas e águas-vivas, que não têm sistema nervoso) – se não sentem, não podem ter desejo. Se, para Lamarck, a diferenciação dos animais mais simples não ocorria por desejo, mas por uma necessidade fisiológica, essa última tradução para volonté seria mais apropriada.

Sobre uso e desuso

A terceira lei da teoria lamarckista (‘desenvolvimento e atrofia de órgãos em função de seu emprego’, ou ‘uso e desuso’) tinha sido apresentada como primeira na Filosofia. Lamarck disse que essa lei seria inútil, assim como a segunda, se os animais estivessem sempre nas mesmas condições.
No entanto, se em determinado local ocorressem mudanças e estas criassem, para os indivíduos que viviam ali, a necessidade de modificar seu comportamento, então esses indivíduos teriam que usar mais ou menos certas estruturas e isso levaria a alterações físicas.
Lamarck disse que essa lei seria inútil, assim como a segunda, se os animais estivessem sempre nas mesmas condições
Nesse caso, indivíduos da mesma espécie que habitassem ambientes diferentes, nos quais as mudanças fossem desiguais, não teriam as mesmas necessidades, o que levaria à formação de grupos também diferentes, gerando as raças. Portanto, essa lei explicaria como as mudanças no ambiente produziriam a diversidade observada nos seres vivos.
Evidências da operação dessa lei foram apontadas por Lamarck. A ausência de dentes nos tamanduás, por exemplo, seria explicada pela falta de uso e consequente atrofia e desaparecimento, assim como os vestígios de dentes em fetos de baleias (exemplos de ‘desuso’).
Já as girafas, que passam longos períodos se alimentando de folhas das copas de árvores altas, esticariam as pernas e o pescoço para alcançar seu alimento, o que teria levado ao crescimento dessas estruturas, e os quadrúpedes que pastam por longos períodos de tempo adquiririam cascos para sustentar um corpo muito pesado (exemplos de ‘uso’).
Você leu apenas o início do artigo publicado na CH 285. Clique no ícone a seguir para baixar a versão integral. PDF aberto (gif)

Rodolfo Fernandes da Cunha RodriguesInstituto de Biologia
Universidade Federal Fluminense

Edson Pereira da Silva
Departamento de Biologia Marinha
Universidade Federal Fluminense

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

OPINIÃO!!!

Hoje estava em casa, assistindo uma matéria sobre a Colônia Agricola Heleno Fragoso, na qual havia entrevistas com internos, cheguei a uma constatação: É incrivel como as coisas mudam, estou falando da opinião de ex-alunos meus que habitam a colônia; pois quando ministrava aulas nas dependências da colonia, aquele era o pior lugar do mundo para se viver. Tudo era motivo para reclamarem da direção da casa, dos agentes, da alimentação. Foi só a opinião pública cobrar um muro, que todos agoram colocam a colonia como um excelente lugar. A rota de fuga, o tráfico e a prostituição podem acabar!!! 
E nosso Governador se faz de vítima na história, alegando que tudo não passa de especulação política, que o Governo Federal não ajuda. O declínio dos projetos não ocorreram há 4 anos atrás, mas vêm de anos anteriores; a colônia foi um local de projetos, de ocupação dos internos, hoje é mais um lugar para se capinar, fumar maconha, jogar bola além de jogar conversa fora, pois nem quando há aula os internos frequentam. 
Há quem diga que o desvio de verbas e de produtos são inúmeros no sistema penal. Se o Estado disponibiliza esses produtos de higiene, limpeza e alimentação, porque há comércio lá dentro? Como se explica o fato de os detentos receberem um kit de higiene a cada 3 meses, contendo 1 sabonete, 1 rolo de papel higiênico, 1 tubo de pasta de dente e uma escova. Isso dá para ter o mínimo de higiene? 
E a conversa de que um deles vale mais de R$ 2.000,00 para o Estado. Sai dinheiro do bolso dos contribuintes, mas não chega até eles, você já se perguntou o caminho dessa grana? O sistema penal está falido, mas quem administra está falido?

Visão da "Colônia de férias"


Após as denúncias feitas por uma adolescente de 14 anos que disse ter sido violentada durante quatro dias na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, o governador Simão Jatene exonerou o diretor do presídio e todos os agentes prisionais que estavam de plantão no sábado (17), quando a jovem foi resgatada. Jatene alegou que houve negligência por parte dos funcionários e que isso teria facilitado a ação.
A exoneração gerou polêmica entre os trabalhadores, eles se reuniram no sindicato da categoria e fizeram denúncias graves sobre a fragilidade do sistema penitenciário do Pará. Em entrevista ao DOL, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado, Carlos Esdras falou sobre todos esses problemas, que segundo ele, são mais antigos do que se imagina. “Os agentes prisionais já vinham denunciando há muito tempo essa 'liberdade' que os presos tinham na Colônia. Tem um buraco aberto no muro e eles entram e saem a hora que bem entendem. A Susipe tem conhecimento disso e nunca fez nada. Pedimos vistorias pra Segup, OAB e até o Ministério Público, mas ninguém apareceu lá. Agora que essa denúncia veio a tona é que eles querem jogar a culpa toda em cima dos servidores, mas isso não é justo com os colegas”, disse Carlos Esdras.
A adolescente contou ao Conselho Tutelar que ela e mais duas meninas da mesma faixa etária foram levadas para um igarapé e lá teriam sido estupradas e obrigadas a consumir drogas. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado afirma que essa prática é comum e que a Susipe sabia de tudo isso. “Heleno Fragoso é uma espécie de colônia de férias, é nesse igarapé que margeia o presídio que os detentos vão para se drogar e fazer as 'farras' deles. Enquanto os presos transitam livremente com estoques, facas e pedaços de pau, os agentes prisionais só têm um rádio em mãos”, explicou Carlos Esdras.
O Ministério Público Federal abriu uma sindicância interna para apurar as investigações do governo, enquanto isso os sindicato dos servidores do Estado estuda a possibilidade de uma ação judicial contra o governo do Pará. “O sindicato responsabiliza totalmente o governo do Estado por todos esses problemas e isso não é só na Colônia Agrícola, mas em todo o sistema penal estadual que está podre”, ressaltou Carlos.
A Susipe informou, através da assessoria de imprensa, que todas as denúncias feitas pelo sindicato já são de conhecimento do governo e que estão sendo investigadas. A Susipe informou ainda que por ordem do governador Simão Jatene está sendo construído um muro em torno do Complexo Penitenciário de Americano e que já estão estudando uma maneira de controlar o acesso à Colônia Agrícola Heleno Fragoso erguendo um outro muro de contenção.
(Henrique Miranda/DOL)


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Humor

SAÚDE!!!

Mancha de colesterol nos olhos aponta risco de infarto

Estudo dinamarquês concluiu que os portadores de xantelasma têm chance 48% maior de sofrer ataque cardíaco
por Redação Galileu
Editora Globo
Um estudo da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, concluiu que humanos portadores de xantelasma – depósitos de colesterol caracterizados por marcas amareladas ao redor dos olhos – têm maior tendência de sofrer ataque cardíaco e outros males.

A pesquisa começou ainda nos anos 1970, quando a saúde de quase 13 mil pacientes passou a ser periodicamente monitorada, sendo 4,4% destes portadores de xantelasma. Hoje, mais de trinta anos depois, 1.872 pacientes sofreram ataque cardíaco, 3.699 desenvolveram alguma doença do coração, e 8.507 morreram.

Os dados mostraram que o grupo de maior risco era os das pessoas com marquinhas amarelas nos olhos. Em números, as pessoas que sofriam de xantelasma tiveram tendência 48% maior de ter um ataque cardíaco do que as não portadoras, além de uma chance 29% maior de ter uma doença do coração e 14% maior de morrer.

>> Caixa mantém coração batendo fora do corpo humano
>> De onde vem o orgasmo feminino?

Os autores acreditam que os pacientes que sofrem do mal podem ser mais propensas a acumular depósitos de colesterol em todo o corpo. Mas acabam se consultando apenas com dermatologistas, a fim de remover as marcas dos olhos por razões estéticas, e se esquecem que outras doenças podem ser desencadeadas.

Fonte: Revista Galileu Online 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dicas de Leitura!!!

O veneno nosso de cada dia

Desde 2008 o Brasil lidera a lista dos maiores consumidores de agrotóxico do mundo. O país é o segundo maior produtor de transgênicos do planeta, cuja promessa é o menor uso de herbicidas. Essas e outras contradições são discutidas por Jean Remy Guimarães em sua coluna de setembro.

O veneno nosso de cada dia
Uma das imagens de abertura do documentário ‘O veneno está na mesa’, de Silvio Tendler. No filme, o cineasta apresenta a seguinte cifra: “Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano”. (imagem: reprodução)
Tomo emprestado o título desta coluna do notável documentário de Marie-Monique Robin, como poderia também chamá-la O veneno está na mesa, em homenagem ao igualmente notável documentário de Silvio Tendler. Como o leitor já concluiu, são filmes sobre agrotóxicos no Brasil.
Tomei conhecimento desses documentários via redes sociais e discretas notas na imprensa. Vendo-os, descobri estarrecido que somos, desde 2008, o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Uau, pensei! Então devemos mesmo ser os campeões na produção de alimentos.
Em rápida consulta ao site da FAO, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, descobri: em 2008, a produção sul-americana de grãos foi de 136 milhões de toneladas. De fato, dá para fazer muita papinha. Mas a norte-americana, no mesmo período, foi de 453 milhões de toneladas; a europeia, 478 milhões; e a asiática, 945 milhões.
Não lhes parece desproporcional estar no pódio do consumo de agrotóxicos para uma fatia relativamente pequena da produção global?
Não lhes parece desproporcional estar no pódio do consumo de agrotóxicos para uma fatia relativamente pequena da produção global? É estranho. Também achei notável que um fato tão relevante como esse – de passar ao topo da lista – tenha tido tão pouco destaque na imprensa.
E mais extraordinário ainda a solitária nota na coluna ‘Eco Verde’, do jornal O Globo, em 11 de agosto de 2011, sobre a reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em que se decidiria a respeito da liberação ou não do uso comercial no país do primeiro feijão geneticamente modificado do mundo, desenvolvido pela Embrapa.
Pois bem, depois de algumas divergências na CTNBio, o feijão transgênico foi aprovado nessa quinta-feira, 15 de setembro. Veremos como a imprensa vai reagir. Hoje (16/9) o tema foi destaque da seção de ciência do mesmo jornal mencionado.
Feijão marrom
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que delibera sobre os transgênicos, aprovou em 15 de setembro um feijão transgênico desenvolvido pela Embrapa. A nova variedade é resistente ao mosaico dourado. (foto: Sanjay Acharya/ CC BY-SA 3.0)

Patenteando a vida

Não por acaso tem sido algo acidentada a aprovação de versões transgênicas, ou geneticamente modificadas – que soa menos ‘Frankensteinico’ –, de plantas de maior carisma e simbolismo por sua importância crucial na alimentação humana. O trigo na Europa, o milho no México, o arroz na Ásia...
Cada região tem sua versão do pão nosso de cada dia – o feijão-com-arroz, no nosso caso –, impregnado na sua história, religião, lendas e, sempre que possível, em seus pratos. Cada uma dessas plantas tem dezenas ou centenas de apetitosas variedades, obtidas pelo conjunto da humanidade ao longo dos últimos 10 mil anos graças à exaustiva seleção e cruzamento das raquíticas versões selvagens originais.
Até que um dia, as mesmas indústrias químicas que haviam desenvolvido desfolhantes para uso militar se aliaram a empresas de biotecnologia para desenvolver versões geneticamente modificadas de plantas que as tornassem resistentes a herbicidas específicos. Naturalmente, os herbicidas eram fabricados pelas mesmas empresas.
Roundup ready
Roundup, herbicida da Monsanto ao qual a soja transgênica RR, produzida pela mesma empresa, é resistente.
A Monsanto, por exemplo, desenvolveu a soja RR (Roundup Ready), resistente ao glifosato, no mesmo momento em que a patente de seu herbicida Roundup (cujo principal ingrediente é o glifosato) vencia. Com o aumento da demanda pelo herbicida, não deixaria de lucrar tanto quando outras empresas passassem a produzi-lo.
Ninguém estranha que um herbicida seja patenteado. Mas patentear seres vivos? Sim, atualmente isto é legal em muitos países. Tudo começou em 1980, nos Estados Unidos, com uma bactéria, seguida por uma planta em 1985 e um animal em 1990. Hoje as sementes geneticamente modificadas e os herbicidas a que são resistentes são ambos patenteados e vendidos no mesmo pacote.
No Brasil, a lei permite patentes de microrganismos geneticamente modificados e proteção intelectual de cultivares de plantas, mesmo que não sejam geneticamente modificadas. As plantas e os animais – o todo ou partes –, bem como as sequências de DNA de qualquer espécie de ser vivo, não são objeto de patentes.

Lobby musculoso

Rápido retorno ao site da CTNBio. Lá encontro a liberação para o uso comercial de nove variedades de algodão, 17 de milho e cinco de soja, todas geneticamente modificadas para resistir a insetos e herbicidas – e patenteadas. Elas garantem a segunda posição brasileira na lista de maiores produtores de transgênicos do mundo. A promessa dessas plantas com código de barra é garantir maior produção com menor aplicação de agrotóxicos.
Por isso continuo não entendendo por que estamos no pódio mundial do uso desse tipo de produto. E por que o nosso uso de agrotóxicos cresce mais rápido que nossa produção de alimentos, transgênicos ou não.
Bem, na verdade, há umas coisinhas que ajudam bastante, como isenções fiscais – parciais ou totais – sobre agrotóxicos, em âmbito federal e/ou estadual; condicionamento de crédito bancário à comprovação de aquisição do pacote agronômico completo; assédio judicial sobre os órgãos reguladores como a Anvisa por parte tanto das empresas como de órgãos do próprio governo – como os ministérios da Agricultura e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Brasil usa diversos agrotóxicos importados cujo uso já foi proibido em países como Estados Unidos, China, Comunidade Europeia e diversas nações africanas
Tem mais. O Brasil usa diversos agrotóxicos importados cujo uso já foi proibido em países como Estados Unidos, China, Comunidade Europeia e diversas nações africanas. Nesses lugares, com frequência se proíbe o uso, mas não a fabricação. Alguns simplesmente transferem a fábrica para algum país mais flexível. Afinal, manter um mercado consumidor para esses produtos, em algum outro lugar, lhes dá uma sobrevida, amortizando mais um pouco o investimento inicial até cessar de vez a produção. Nada que um lobby musculoso não resolva.
Não há dúvida de que a invenção do kit agronômico patenteado foi uma grande jogada comercial. Mas o predomínio de poucas variedades patenteadas em grandes monoculturas promove o gradual desaparecimento das variedades que se plantavam antes da introdução do kit.
Isso deixa os agricultores sem plano B caso a produção diminua, por conta do aumento da resistência das plantas invasoras ao herbicida, e os custos aumentem, devido à necessidade de aplicação mais frequente do produto. Detalhe perverso: os contratos preveem a proibição de reservar parte da safra para replantio, uma prática milenar. Pensaram em tudo.
E ainda chamam isso de nova revolução verde? De fato, certas cédulas têm essa cor.
Produtos Orgânicos – O Olho do ConsumidorO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) produziu em 2009 uma cartilha para informar o consumidor sobre os benefícios da produção de alimentos sem agrotóxicos. O livreto Produtos Orgânicos – O Olho do Consumidor, ilustrado pelo cartunista Ziraldo, teve tiragem de 620 mil exemplares. Acontece que o seguinte trecho da cartilha desagradou multinacionais e setores mais ligados ao agronegócio: “O agricultor orgânico não cultiva transgênicos porque não quer colocar em risco a diversidade de variedades que existem na natureza. Transgênicos são plantas e animais onde o homem coloca genes tomados de outras espécies.” A Monsanto chegou a mover uma ação contra o Mapa. Não sei bem em que deu a história, fato é que a página do ministério na internet em que a cartilha era divulgada está desativada. Mas o material ainda está disponível em outros sites, como no da Associação Brasileira de Agroecologia.

Jean Remy Davée Guimarães
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Comentário do blog: Meus alunos, exercitem a leitura para que você consiga administrar seu tempo durante a prova do ENEM, já que as questões necessitam de uma leitura atenta e de correlação de temas, sem contar que ajuda no vocabulário e na interpretação!!!

Boa Leitura...


O cúmulo do Egoísmo!!!

Dicas ENEM 2011

INDUÇÃO PARTENOCARPIA – AULA BIOLOGIA | ENEM 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aos meus alunos!!!

Galera, a Feira do vestibular promovida pela Universidade Federal do Pará vem aí, aproveite para fazer um teste vocacional, conhecer os cursos da instituição. Leia a matéria a seguir:

Feira do Vestibular da UFPA começa no dia 14


Você gosta de Matemática, mas também é bom em Biologia? Pensa em ser engenheiro, mas também gostaria de salvar vidas como um médico? E que tal ser professor, advogado, administrador? São tantas opções! Se você está prestes a fazer vestibular e ainda não escolheu ou tem dúvidas sobre qual carreira seguir, a Universidade Federal do Pará (UFPA) pode dar uma ajudinha. Em 2011, em sua 13ª edição, a Feira do Vestibular (FeiVest), promovida anualmente pela Instituição, ocorrerá de 14 a 16 de setembro (4ª a 6ª feira). Serão 60 estandes com informações sobre cursos ofertados pela UFPA, na capital e no interior, além de “aulões”, bate-papo e programação cultural.

Todos os 65 cursos atualmente em funcionamento na Instituição estarão representados na Feira. Mais de 500 pessoas, entre estudantes, docentes e técnico-administrativos, estão envolvidos na organização do evento, sob a coordenação da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da UFPA (Proeg). Os preparativos estão "a todo vapor" e os estandes já começaram a ser armados em frente ao Centro de Convenções Benedito Nunes, no Campus do Guamá. A estimativa é que a FeiVest 2011 receba cerca de 20 mil participantes. Ano passado, a visitação esteve em torno de 18 mil pessoas.

Escolas da rede pública e privada podem agendar visitas, bem como instituições de ensino de municípios do interior. São Miguel do Guamá, Castanhal e Capitão Poço já garantiram presença. De acordo com o assessor da Proeg, professor Mauro Magalhães, é muito importante que haja participação maciça de estudantes na Feira do Vestibular, pois será um espaço em que, além da orientação vocacional, os alunos poderão encontrar muitas informações para o vestibular. “A cada ano, cada vez mais jovens chegam ao período pré-vestibular com pouco amadurecimento. Alguns sequer sabem que profissão seguir. A FeiVest vem a ser um instrumento para que o estudante possa discernir melhor sobre suas opções e, ao mesmo tempo, entrar em contato com o conteúdo do vestibular”, afirma.

Aulões - É por isso que a Feira contará também com os “aulões”, ministrados por professores da UFPA, os quais terão como base de sustentação as matrizes de referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A professora Iaci Abdon, da Faculdade de Letras, por exemplo, falará sobre o tema “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: uma visão na Língua Portuguesa”. Já a professora Maria Ludetana Araújo, da Faculdade de Educação, falará sobre “Ciências da Natureza: um passeio pelo meio ambiente”.

O terceiro aulão será sobre “A Linguagem Matemática e suas tecnologias nos exames de seleção” e terá como ministrante o professor Renato Guerra, do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI). Já o tema “O Rio Amazonas, sua grandeza, seu povo, sua vida, seus aspectos socioculturais” será debatido por Socorro Simões, da Faculdade de Literatura, e Márcia Pimentel, da Faculdade de Geografia.

Bate-papo - O bate-papo abordará o tema “Uma forma de selecionar estudantes para o ensino superior” e terá a participação da pró-reitora de Ensino de Graduação, Marlene Freitas, além de professores da UFPA, professores da rede particular de ensino e representantes da Secretaria de Educação do Estado do Pará. Para a pró-reitora, a Feira do Vestibular da UFPA, além de representar um espaço de convivência acadêmica entre candidatos, alunos e professores, traz a oportunidade para os candidatos discutirem questões, participarem de aulas, obterem informações sobre temas do concurso e sobre os seus procedimentos. “A Feira é, ainda, um espaço de entretenimento, alegria e encontros”, define Marlene. Tanto os aulões quanto o bate-papo serão transmitidos online no Portal da UFPA.

Abertura e encerramentos - O reitor da UFPA, professor Carlos Maneschy, deve participar da abertura oficial da FeiVest, agendada para as 9h do dia 14. Já o encerramento de cada um dos três dias da Feira contará com bandas de músicos locais e de estudantes, como o Grupo de Chorinho, a Banda Achados e Perdidos e a Banda Pimentas Inflamáveis, os quais se apresentarão no palco alternativo armado em frente ao Centro de Eventos Benedito Nunes.

Para conferir a programação completa da FeiVest UFPA 2011, clique aqui.


Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA




ESTÁ DE VOLTA!!!

MINHA AMIGA BLOGUEIRA BRUNA CARVALHO ESTÁ DE VOLTA COM SUAS MATÉRIAS DE QUALIDADE, BOM GOSTO, CARACTERIZANDO O SEU BLOG DIAS QUENTES... FAÇA UMA VISITA!!!
OLHA A QUALIDADE DAS MATÉRIAS:

Mensagem do Blog


 PERSISTÊNCIA
Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as próprias jóias da esposa.
Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. O homem desiste? Não!
Volta a escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o chamavam de "visionário". O homem fica chateado? Não!
Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele. Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída. O homem se desespera e desiste? Não!
Reconstrói sua fabrica, mas um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d'água e o homem desiste? Não!
Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entra em pânico e desiste? Não!
Criativo, ele adapta um pequeno motor a sua bicicleta e sai as ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas". A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo pais. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: Hoje a HONDA CORPORATION é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

ACESSE: http://diassquentess.blogspot.com/

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Mais uma marca de sucesso!!!


Apesar da minha ausencia nas postagens, minha credibilidade continua em alta! Só tenho a agradecer aos meus amigos e aos meus fiéis leitores...Obrigada mais uma vez!!!

Mensagem do blog

HUMOR

Dicas ENEM 2011

Confira nos links abaixo exemplos de redações para a prova do Enem 2011 corrigidas pelos professores do cursinho Oficina do Estudante. O tema é "Criminalidade e agressão dos jovens”.
 
A correção teve a nota e comentários baseados nos critérios adotados pelo MEC (Ministério da Educação) para a correção do Enem. Os mesmos critérios também atendem às exigências dos vestibulares.
 
A mostra abaixo traz redações classificadas pelos desempenhos satisfatório, bom, regular, fraco e insatisfatório - expressões usadas pelo MEC na correção dos textos do Enem.
 
Você também pode enviar sua redação pelo e-mail redacao@universia.com.br com o assunto Correção Redação Enem 2011 + o termo de cessão de direitos anexado ao e-mail (clique aqui para visualizar o termo)Conheça aqui temas que podem cair no Enem 2011.
 
 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tenho cada amigo "guerreiro"!!!


Ensino da Genética!

Mendel não reclamaria

Professora do ensino médio e estudante de mestrado, Daiana Sonego Temp propõe novos modelos didáticos para se ensinar genética. Ela insiste: "os educadores precisam buscar novas formas de construir conhecimento".
Mendel não reclamaria
O experimento mais conhecido de Mendel, 'o pai da genética', foi com ervilhas. A experiência também serve para mostrar, imageticamente, conceitos da matéria. (foto: Wikimedia Commons)
"Como explicar algo que, às vezes, é abstrato até para os educadores?", questiona, logo no início da conversa com a CH On-line, Daiana Sonego Temp, professora de biologia de ensino fundamental e médio da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Sua tese de mestrado em Educação na Universidade Federal de Santa Maria será defendida ainda este ano e propõe, justamente, um novo olhar sobre o ensino de biologia para adolescentes – com ênfase no ensino de genética.
Cromossomo, gene e DNA: o aluno sabe a diferença entre os três?
Em julho de 2011, comemorou-se os 189 anos de nascimento do botânico Gregor Mendel, considerado "o pai da genética" por observar, de modo pioneiro e com rigor científico, linhagens e gerações de animais e plantas.
Quase dois séculos depois, a genética desenvolvida por Mendel ainda é ensinada no colégio e o seu estudo com linhagens de ervilhas é o exemplo mais celebrado. Daiana, no entanto, propõe uma forma mais visual de apresentá-la aos alunos.
A ideia é facilitar a compreensão sobre o funcionamento de estruturas microscópicas tão complexas como cromossomo, gene e DNA.
"É difícil o aluno perceber a diferença entre essas três estruturas", diz a professora. "Para os estudantes, cromossomo, gene e DNA são as mesmas coisas, por isso é importante que se veja, por meio de novos modelos didáticos, a diferença de cada um."
Pensando nisso, Daiana desenvolveu um modelo gráfico e imagético que explica – com palitos de dente, papel e tinta – como várias sequências de genes formam o DNA e, também, como o cromossomo organiza e armazena parte desse DNA.
"Para produzir esse tipo de material didático é necessário, sobretudo, criatividade", conta a professora. "Às vezes, basta que o próprio aluno desenhe na cartolina a imagem que faz de um gene para que saibamos se ele entendeu ou não a matéria", complementa.
O modelo de Daiana foi publicado no portal Genética na Escola, sua principal fonte de exercícios didáticos.
Mendel não reclamaria
Palitos de dente representam cromossomos duplicados e faixa preta, gene. Descrição do experimento foi publicado na revista 'Genética na Escola'. (foto: reprodução)

Dúvidas e soluções

Em seu mestrado, Daiana mapeou as maiores dúvidas dos alunos em relação à genética. Além da famosa tríade 'DNA-cromossomo-gene', fenótipo e genótipo, montagem de árvore genealógica e conceitos-chave como 'hibridismo' e 'herança genética' também estão na lista.
Em uma de suas aulas, Daiana experimentou montar um problema de genealogia, herança, fenótipo e genótipo. Não propôs nada muito novo e usou os já propalados exercícios de "fulano casou com ciclana e teve filho de cabelo ondulado, liso, olho azul...". A diferença, simples e vital, foi, em vez de apresentar ao aluno um caso pronto, pedir a ele para escrever uma história descrevendo as relações genéticas entre seus personagens.
"Essa ação gerou uma reação incrível, pois os alunos se empolgaram e ainda conseguiram fazer relação com conteúdos ensinados no ano anterior, como síntese de proteína", festeja a professora.
Seja com jogos, novos modelos didáticos ou estímulo à proatividade, Daiana quer expandir os métodos tradicionais de se ensinar genética. Nada contra Mendel.

Thiago Camelo

Ciência Hoje On-line